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É SÓ QUESTÃO DE OPINIÃO #2

  • Foto do escritor: Equipe inFocus
    Equipe inFocus
  • 9 de mar. de 2018
  • 3 min de leitura



Olá gente, tudo bem? Então o “É só questão de opinião” volta, depois de um tempinho em off, por conta de nossa corrida rotina, mas voltamos. E aproveitando a semana da mulher, hoje a opinião fica por minha conta, Milena Melo, muito prazer!

Essa semana vou fugir um pouco da temática publicidade, marketing, mercado... E vou problematizar mesmo!

E como é semana da mulher, decidi falar sobre isso, mas fugindo da romantização do feminino e partir da ideia do Girl Power, de todos os obstáculos que essas guerreiras vivem no dia a dia e em sua história, do que precisaram sofrer e entender para só depois virar um “Mulherão da Porra”. Eu acredito que a mulher é muito mais do que saber fazer uma boa comida e encontrar um bom companheiro, e se você ainda não acredita nisso, sendo homem ou mulher, continua lendo aí.

Diferente do que boa parte da população brasileira crê, o feminismo não se trata do preceito de que mulheres são superiores aos homens, mas que os direitos devem ser igualados, porém, mesmo depois de 86 anos de conquista do voto ainda se tem muito menos mulheres do que homens no plenário. Diferente do machismo, que prega a superioridade do homem perante a mulher, o feminismo não luta contra os homens, mas contra a preponderância masculina. Então se alguém se diz “feminista” compreenda pelo valor de direitos iguais, nem mais nem menos que isso.

Ser mulher, no Brasil ou em qualquer outro país, é um constante desafio, você precisará lutar em todos os ambientes para ser compreendida e ter voz, precisa empoderar-se do seu eu e do espaço em convivência. No trabalho, mesmo com um cargo de liderança ainda ganhará menos do que seus colegas homens, que são ditos como “chefes de família”, e se estiver buscando uma carreira melhor precisará mais do que inteligência para ter destaque, vista como ambiciosa e vaidosa, quando não ouvir no corredor que precisou “dormir com o chefe”. Em casa, estará numa realidade infundamentada que é a dona da casa, mesmo não sendo a “chefe de família”, neste caso, fala-se de limpeza e organização, 3 filhos homens, 1 marido e se a casa estiver empoeirada e com roupas espalhadas, ainda é a mulher a responsável. Na família, precisa aprender a cuidar bem de um homem para “casar bem”, se ainda não casou depois dos 30 anos, nem tem filhos, mas tem uma carreira estável e bem-sucedida, viaja quando quer, frequenta lugares onde se sente bem, sente-se plena e feliz, ainda assim é a “coitadinha ou a chata” que homem nenhum suporta. E não vamos entrar em detalhes na série de shorts que você deixou de usar para não se sentir “vulgar”, nos vestidos que te deixaram “gorda demais”, ou o biquíni que mostra a celulite, muito menos ingressar nos ideais de mulheres para “casar” ou para “pegar”.

Vamos falar que todas somos um pouco de Olga Benário, Anne Frank, Maria da Penha, Jeanne Manford, Malala Yousafzai, Frida Kahlo, Sabiha Gokçen e Nísia Floresta a brasileira que considerava a educação a primeira arma para emancipação da mulher. E afirmar que lutaremos pelo fim do padrão de mulher instituído pela sociedade e busquemos ser a mulher que queremos ser, vamos aprender a não julgar uma a outra e a nos tornarmos parceiras para a conquista de um mundo mais justo, por nós e por todas as mulheres que ainda estão por vir. Vamos acreditar que ousadia, ética e inteligência são as nossas principais armas e que nosso instinto materno busca um bom lugar para todos os filhos da “pátria amada”. Diremos mais “We can do it” e menos “sexo frágil”.




Milena Melo- Gerente de Marketing Digital



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